Dente-de-leão na Nove de Julho

Dente-de-leão na Avenida Nove de Julho
Dente-de-leão na Avenida Nove de Julho

Desde há mais de um século, a vegetação em geral é maltratada em São Paulo. Sobrevive apenas por teimosia da natureza, diante de um verdadeiro tapete de asfalto e concreto que cobre boa parte da cidade, avançando no ritmo da gulodice financeira de construtoras, imobiliárias e tantas outras empresas. Mas nem todo esse poder é capaz de acabar com o verde por estas bandas. Este dente-de-leão solitário, no meio do estrito canteiro central da Avenida Nove de Julho, na altura da Alameda Lorena, representa isso muito bem. Por mais que os pesados ônibus passem a menos de dois metros, ele resiste bravamente, e nem o vento do deslocamento dos coletivos é capaz de espalhar suas inflorescências, ainda firmes ao caule.

Não deixa de ser um herói paulistano.

Alexandre Giesbrecht

Nascido em 1976, Alexandre Giesbrecht é publicitário. Pesquisa sobre a história do futebol desde os anos 1990 e sobre a história da cidade de São Paulo desde a década seguinte. Autor dos livros São Paulo Campeão Brasileiro 1977 e São Paulo Campeão da Libertadores 1992, já teve textos publicados em veículos como Placar e Trivela.

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1 resposta

  1. Ana disse:

    Vc realmente escreve bem!!! Orgulho!!!

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